Software Asset Management (SAM) com System Center Configuration Manager–Windows Desktop e Office (Part V)

Neste quinto artigo sobre como utilizar o SCCM para falar de SAM (Software Asset Management) vamos iniciar a leitura de relatórios envolvendo os dados de Windows desktops (client) e Office.

Para lembrar da nossa pauta e a agenda dos itens, use o link de introdução: http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager.aspx

Introdução

O licenciamento que envolve o Windows cliente e o Office não são difíceis de serem interpretados. Basicamente o cálculo é feito por somar as versões e edições instaladas e comparar com o licenciamento que a corporação possui.

No caso de licenciamento para clientes é mais importante entendermos os diferentes tipos de licenciamento para os produtos envolvidos, para não cair nas “pegadinhas”.

 

Windows

OEM

O licenciamento do Windows normalmente não é comprado em contrato, pois a maioria compram os computadores com a licença de OEM. A maior dificuldade em caso de uma auditoria ou a gestão de ativos de software para OEM é o fato de ter que manter todas as notas fiscais. E se a licença for FPP (caixinha) é necessário ter colado a etiqueta na maquina (COA) e guardar a caixinha enquanto aquela maquina estiver com o SO comprado.

Referencia: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows/genuine/business#T1=tab01 

E quando o cliente não possui as notas fiscais ou a caixinha? 

Neste caso é necessário pagar o licenciamento GGS, GGK ou GGWA (regularização) para cada máquinas que não tenha a nota fiscal. O valor da licença de regularização é muito similar a uma licença FPP mas tem possibilidade de contrato por volume facilitando o controle já que não precisa ter a etiqueta colada na maquina.

Também é possível comprar o licenciamento do Windows por meio de contratos, por exemplo no EA (Enterprise Agreement), EAS (Enterprise Agreement Subscription), MPSA (Microsoft Products and Services Agreement) ou em licenciamento online de Office 365 com o ECS (Enterprise Cloud Suite).

Observação: Em futuros artigos iremos abordar os diferentes tipos de contratos https://www.microsoft.com/en-us/Licensing/licensing-programs/enterprise.aspx

Nos casos de contrato EA, EAS e MPSA o licenciamento pode ser os de regularização já citados ou utilizar um bundle de licenciamento chamado ProDesk que incluir Windows, Office e CoreCal a um valor menor quando comprados separadamente.

Windows Enterprise e VDA

No caso de licenciamento e o ProDesk pode-se adquirir o Windows Enterprise que possui algumas características importantes, por exemplo o MDOP que é um conjunto de ferramentas (App-V, MBAM - Bitlocker Manager, AGPM) que são garantidos pelo SA (Software Assurance).

O VDA (Virtual Desktop) são as maquinas virtuais que existem no ambiente. Não podemos pegar o licenciamento de maquinas cliente e alocar para uma VM, exceto no caso de Windows Enterprise. Nos outros casos é necessário comprar uma licença VDA para cada VM de Windows Client que for inventariada.

Referencia do Enterprise com SA: https://www.microsoft.com/en-us/Licensing/licensing-programs/software-assurance-by-product.aspx#tab=2

Upgrade para Windows 10 (29/Julho/2016)

O Upgrade para Windows 10 pode ser feito até 29/Julho em qualquer uma das modalidades de compra, principalmente OEM. Os clientes pode fazer o upgrade e continuar licenciado.

Qual a diferença de alguém que fizer o upgrade após a data programada?

A ativação automática do Windows 10 só é possível com chaves licenciadas e OEM até esta data. Caso não faça o upgrade no prazo, as maquinas não conseguiram ativar e será necessário comprar uma nova licença ou retornar a anterior.

Direito de Downgrade

A página https://www.microsoft.com/pt-br/licensing/learn-more/brief-downgrade-rights.aspx traz o link para download de detalhes dos direitos de downgrade do SO:

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Microsoft Office

Assim como Windows o Office pode ser comprado em OEM, FPP, Get Genuine (GG) e contratos de volume, valendo as mesmas regras anteriores.

Para não cair na repetição, vamos abordar o que temos de diferente em relação do Windows Client.

Direitos de Downgrade

O mesmo documento já especificado no Windows determina o direito de downgrade para o Office:

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O direito de downgrade vale apenas para a versão e não para a edição, ou seja posso utilizar o Office 2010 Standard se tenho a versão 2013 Standard, mas não posso comprar a Professional e utilizar a Standard.

Office 365 Online

As diversas edições do Office 365 online não servem para licenciar as versões instaladas nos desktops.

É importante que no caso de clientes que possuem licenças de Office para legalizar e compraram o Office 365 ProPlus (separado ou como parte do ECS, E3 ou E5) que sejam desinstaladas as versões full.

O motivo é que as versões full de Office são ativadas com uma chave serial e são perpetuas, enquanto as versões Office 365 são validadas com a conta do usuário Microsoft ID e quando a assinatura expirar param de funcionar como seria o correto. No caso de clientes que tentaram comprar a versão online e estão utilizando a full, não ocorrerá a expiração e por isso é necessário o upgrade.

 

Licenciamento por Device ou User

O Office e Windows permitem os dois tipos de licenciamento, sendo o mais correto definido pelo perfil de uso.

No caso da maioria dos clientes utilizamos Device já que contamos as maquinas e atribuímos uma licença para cada computador. Porem, no caso de ambiente com Office 365 o licenciamento é por usuário e precisa-se entender a diferença e como contar.

Para licenciamento por usuário precisamos contar quantos usuários no AD não são administrativos ou maquinas e comprar o licenciamento.

O licenciamento por usuário tem vantagem no caso do ambiente em que um mesmo usuário utiliza dispositivos móveis para acessar a sua conta de correio, já que inclui até 5 dispositivos para cada usuário.

O licenciamento por dispositivo tem a vantagem de não ser necessário controlar usuários e podermos ter maquinas compartilhadas, já que na grande parte dos ambiente existem mais usuários que máquinas.

Manter ambientes com os dois tipos de licenciamento (Device e User) é possível mas complexo de controlar. Precisa-se neste caso contar e ter controlado qual maquina tem a licença de dispositivo e os usuários que estão utilizando licença por usuário.

Para saber quantas licenças de usuário teriam que ser compradas caso este seja o volume esperado, pode-se usar o relatório do Asset Intelligence que vimos nos artigos anteriores, principalmente os que indicam maquinas compartilhadas (Shared Computer) e o que indica o usuário primário para cada computador.

 

Conclusão

O licenciamento de Windows e Office não são tão complexos, mas exigem atenção pelo volume, principalmente o Office Professional que tem um custo elevado.

Referencia Geral: https://www.microsoft.com/en-us/Licensing/product-licensing/windows10.aspx

Software Asset Management (SAM) com System Center Configuration Manager–Além do Inventário (Parte II)

Neste segundo artigo sobre como utilizar o SCCM para falar de SAM (Software Asset Management) vamos falar sobre como ir alem do padrão (default) nos inventários de Software do SCCM.

Para lembrar da nossa pauta e a agenda dos itens, use o link de introdução: http://www.marcelosincic.com.br/post/Software-Asset-Management-(SAM)-com-System-Center-Configuration-Manager.aspx

Regras de Agentes

No SCCM das versões 2012 e posteriores é possível criar regras para grupos de computadores diferenciados. Essas regras diferenciadas são criadas apenas com os itens que se deseja alterar do default e depois se aplica (Deploy) ao grupo de computadores desejado:

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Criando uma Regra para Expandir o Inventário para o SAM

A regra para expandir o inventário além do padrão é incluir na regra customizada a parte de Software e Hardware Inventory.

Na configuração de SW Inventory é importante incluir as extensões que deverão ser parte do inventário. Em geral escolhemos apeans o que for “*.exe”, mas é importante para um SAM alem de produtos Microsoft incluir o que for “*.com”. O motivo é que alguns softwares ainda se baseiam em aplicativos de comando e com os detalhes destes executáveis é possivel ir alem de aplicativos Windows.

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Alem da inclusão das extensões para exatidão é importante incluir os detalhes (Inventory reporting detail: Full details) que irão permitir saber a data de instalação de um software e alguns outros dados. Por exemplo, softwares não MSI (Microsoft Installer) os detalhes precisam ser capturados diretamente no binário, uma vez que não gera dados no Adicionar e Remover Programas do Painel de Controle.

Agora vamos falar do inventário de Hardware, onde se encontra as principais configurações adicionais que envolvem o Adicionar e Remover Programas presente no Painel de Controle.

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No inventário de Hardware temos configurações que não são incluídas no padrão que podem ser acessadas pelo botão Set Classes… Para acessa-las filtre pela palavra ou categoria Software. É importante não deixar de notar que são informações tratadas pelo Asset Intelligence que iremos tratar em outro artigo.

A primeira categoria é a de Softwares instalados que retorna dados importantíssimos envolvendo o tipo de instalação, a data, localização e fonte. Essas informações podem ajudar a definir a data em que determinado produto precisa ser pago em caso de regularização que incluia cobrança reversa. Alem disso, softwares que executam em determinada origem podem ter algum tipo de licenciamento a parte, por exemplo software que são assinados e executados a partir de um servidor dedicado.

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O segundo grupo de configurações ajuda a identificar softwares de avaliação e principalmente OEM. Em muitos clientes encontramos máquinas compradas em OEM mas que utilizam imagens e com isso invalidam as chaves. Coletando esses dados é possível levantar mais claramente o que for OEM:

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O terceiro grupo de configurações serve para identificar softwares ativados com chave de volume, chamada de VL. Em geral usamos o servidor KMS (Key Management System) para ativar automaticamente Windows e Office de forma automática sem precisar de internet. Como softwares VL precisam de licenciamentos por contrato, é importante identificar esta informação.

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Relatórios Úteis com Base Apenas nos Inventários

Com base no inventário de arquivos .EXE e .COM é possivel usar uma série de relatórios listados na tela abaixo. Porem, sempre destaco o relatório de comparação de softwares entre computadores. Por exemplo, pode-se utilizar uma maquina de um usuário para comparar se ele está de acordo com maquinas de outras pessoas. Isso ajuda nos casos em que empresas permitem que usuários instalem softwares, mas ainda deseja controlar ou ter um modelo por departamento ou outra variação:

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Na lista abaixo vemos os relatórios que são gerados com base no inventário de Hardware. São relatórios simples como uma lista de softwares com detalhes como versão e instancias totalizadas. Em geral utilizamos esses relatórios para ter os detalhes de um determinado produto. Por exemplo, o produto de licenciamento não-servidor mais caro é o Visual Studio em qualquer uma de suas versões e saber onde ele está instalado é importantíssimo.

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Assinando Relatórios

Todos os relatórios podem ser assinados, o que permite recebe-los em sua caixa de email ou em uma pasta compartilhada em rede. Isso é interessante para acompanhar determinados softwares que precisam ser controlados, por exemplo Visio, Project e Visual Studio que tem custo elevado.

Neste artigo estamos falando de relatórios para SAM Microsoft, mas a assinatura de relatórios está disponível para todos eles e é um recurso que precisa ser usado para controle efetivo de licenças.

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Mensagens de erro do System Center Configuration Manager 2007

Realmente são dois links que “não tem preço” disponibilizados no blog do time de produtos. O problema comentado é quando um relatório ou query para de rodar e acusa um erro numérico, sem nenhuma explicação.

O primeiro link é o como descobrir um erro convertendo em hexadecimal o longo retornado em um relatório, por exemplo, o erro 2147012889 em hexadecimal é 80072EE7 que indica erro no proxy http (http://support.microsoft.com/kb/944375/en-us)

O segundo link é uma lista dos erros mais comuns e, apesar de não trazer solução, lança uma luz do motivo do problema (http://technet.microsoft.com/en-us/library/bb632794.aspx).

Um bom exemplo eu vi hoje quando um erro de PXE aconteceu com o código “MAKE_HRESULT(SEVERITY_ERROR,FACILITY_ITF,4)” que nada mais é do que path muito longo para obtenção da imagem. Bastou simplicar os links criando uma nova pasta compartilhada e funcionou!!!!

Fonte: http://blogs.technet.com/b/configurationmgr/archive/2011/02/02/information-on-error-codes-in-configuration-manager-2007.aspx