Sentinel SOC Optimization - Novo Recurso para Avaliação do Sentinel por Cenários

Este novo recurso atualmente (06/05/2024) em preview irá ajudar as empresas que utilizam Sentinel.

Por que é um recurso necessário?

Os utilizadores de Sentinel já conhecem bem o Content Hub e como ele ajuda disponibilizando os diferentes pacotes contendo regras analíticas, conectores e hunting para diferentes necessidades, produtos ou cenários. Alem disso, algumas tabelas e dados podem estar com baixa ou alta ingestão, o que compromete eficácia e custos.

Porem muitas vezes para se atingir a proteção a determinado tipo de ataque é necessário ter diversos pacotes do Content Hub para produtos diferentes ou isolados. Por exemplo para BEC é necessário algumas regras de Fortigate, outras de Cisco, outras de ENTRA e assim por diante, já que podemos ter diversos produtos em um ambiente e qualquer um deles pode ser a porta de entrada.

Resumindo, é dificil saber quais pacotes tem as regras que me protegeriam de um cenário de ataque especifico envolvendo múltiplos produtos e também otimização de custos.

Como o SOC Optimization ajuda e funciona?

Com avaliações periódicas das suas regras instaladas e habilitadas, ele identifica cenários em que sua organização está protegida ou vulnerável. Seguem um print do meu ambiente hoje, onde podem ser vistos os diferentes tipos de ataque:

No exemplo acima, escolhi o BEC para roubo de credencial como o foco de analise realizada pela plataforma e descubro que das 29 recomendações eu tenho apenas 16 aplicadas. Alem disso o grafico me permite ver por tipo de ataque qual é o foco das táticas e técnicas baseado no MITRE.

Ao clicar no link View all MITRE ATTACK technique improvement passo a ter um detalhe das tecnicas que estou cobrindo e quais não estou protegido:

Por fim, ao clicar no botão Go to Content Hub sou direcionado a uma nova tela onde tenho acesso a quais são os objetos que me ajudariam a cobrir o gap identificado e permitindo a instalação imediata:

No exemplo acima vejam que diversas regras estão relacionadas a analise de log de produtos de terceiros que eu não possuo. Como lidar neste caso?

Lembre-se que na tela iniciar de cada avaliação você tem a opção de indicar o estágio que se encontra a sua ação após a análise. Como em meu ambiente não tenho Cisco nem Proofpoint instalaria os objetos que cobrem o meu ambiente e definiria o estágio como Complete.

Conclusão

Simples de utilizar e prático, este recurso irá ajudar muito aos operadores de SOC ter cenários cobertos sem a necessidade de seguir manualmente verificações.
Também irá ajudar na visualização de tabelas com ingestão inadequada.

Purview Insider Risk Management (IRM) Agora Integrado com ENTRA Conditional Access

Uma novidade bem interessante anunciada em preview a poucos dias é a integração do resultado do Purview IRM com o acesso condicional do ENTRA.

Relembrando o que é o Insider Risk Management

O Purview IRM é um recurso do Defender XDR para monitorar atividades na organização no nível individual e corporativo.

Ele permite comparar o comportamento de um usuário em relação ao seu proprio comportamento tradicional ou ao comportamento da corporação como um todo e detectar anomalias. Por exemplo ele é capaz de detectar quando um funcionário enviou uma quantidade de emails ou copiou arquivos em uma curva diferente do que ele costuma fazer no dia a dia. Esse comportamento indica que o usuário está exfiltrando dados, seja interno ou externo.

Para os que não o conhecem, tratei desde recurso no Ignite After Party de 2022 (Marcelo Sincic | Evitando vazamento de dados com o Microsoft Purview).

Integrando com o Acesso Condicional

Neste preview agora podemos usar as métricas do IRM para detectar e bloquear um usuário que esteja tendo comportamento anormal.

Esse novo recurso irá evitar dinamicamente duas situações de risco:

  1. Um usuário que está vazando ou copiando dados continue se logando nos sistemas e serviços como OneDrive, SharePoint e outros será bloqueado após seu nivel de alerta alcançar o que você determinar
  2. Um hacker ou ator malicioso está copiando os dados para outro local se passando por um usuário legitimo que pode ter tido credenciais roubadas

A configuração dessa integraçao é muito simples, indique essa nova condição de acesso e o nivel desejado de sensibilidade:

Conclusão

Agora você poderá ter uma ação automatica e reativa quando houver a detecção de anomilia no comportamento de um usuario no IRM.

Referencia técnica: Help dynamically mitigate risks with adaptive protection (preview) | Microsoft Learn

Utilizando o Defender EASM e o Defender TI

Já comentei em posts passados sobre o MDTI (Microsoft Defender for Threat Intelligence) quando integrado com o Sentinel para detectar com KQL indicadores de ataque ou comprometimento (https://www.marcelosincic.com.br/post/Utilizando-os-IoCs-do-Microsoft-Defender-Threat-Intelligence.aspx).

Desta vez vamos introduzir uma nova ferramenta que é o EASM (Defender External Attack Surface Management) onde ao indicar um “seed” que podem ser nomes de domínios, IPs de hosts ou DNS ele faz a procura por indicadores de possível ataque.

Ele é abrangente por não apenas olhar os Threat Indicators na base do MDTI, mas incluir na analise os certificados vencidos, CVEs que estão expostos, técnicas OWASP, postura de segurança nas configurações e aderência ao GDPR.

O melhor de tudo: O EASM É GRATUITO NOS PRIMEIROS 30 DIAS!

Habilitando e Configuração Inicial

O processo é muito simples, segue um passo a passo:

  1. Crie o recurso no Azure, onde informará subscrição, grupo de recursos e tags basicamente
  2. Entre nas configurações em “Discovery” e crie a raiz de procura (ou seed) com o “Discovery Group”
  3. Nas configurações da procura indique a periodicidade e o que quer procurar
    Aqui tem um ponto interessante, onde empresas e organizações conhecidas podem ser pré-carregadas na opção de “Import…” que são empresas já conhecidas por bases de internet comum
  4. Lembre-se de colocar exclusões caso possua servidores honeypot para não gerar alertas desnecessários

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Agora é só aguardar de 48 a 72 horas para que a descoberta gere os dados.

Analisando os dados gerados

No Overview já é possível detectar os diferentes itens que precisam ser observados na forma de listas em tabs. Nesta lista eu já detecto IPs suspeitos por ser utilizado em distribuição de malware na base do MDTI.

Olhando ali descobrimos um IP antigo que utilizei em um servidor que hoje é um indicador de ataque:

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Aqui já pode ser visto um resumo e o indicativo de que um dos IPs é suspeito:

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O próprio EASM já carrega as informações indicando qual tipo de ataque este IP está sujeito e está registrado no MDTI:

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Abrindo as tabs de obervação do host podemos ver o que este host hospeda, certificados, reputação e todos os detalhes:

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Também já tenho uma visão de todos os certificados usados no host para os diferentes domínios, o que me permite detectar certificados internos e externos que estejam vencidos ou próximos de vencer:

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Neste exemplo descobri mais tarde investigando que um dos dominios hospedados no mesmo servidor estava com vulnerabilidades e sendo usado para distribuição de um site de videos.

Alterei o host e removi o registro DNS que apontava para este host, que na verdade era apenas um registro de verify antigo e não estava mais ativo.

Conclusão

Com o uso do EASM podemos monitorar nossos recursos que estão expostos na internet e assim proteger a nós mesmos e aos nossos clientes!