Utilizando Tarefas no Sentinel e Criando Automação

Disponivel em preview pelo progama CCP a alguns meses e agora disponivel para todos os usuarios (GA), o recurso de Tasks no Sentinel é um recuros muito importante e esperado (Use tasks to manage incidents in Microsoft Sentinel | Microsoft Learn).

Porque é um recurso importante

Já havia sido introduzido no sentinel a algum tempo o recurso de comentários, mas ele não permitia um controle do que precisaria ser realizado em uma sequencia e servia para cada operador ou analista informar o que foi realizado ou descoberto.

O recurso de tasks permite que os analistas e operadores de SOC indiquem uma sequencia, passos bem definidos e estejam claramente identificados.

A tela abaixo demonstra bem como esse é simples e útil. 

Veja que já tenho uma tarefa padrão via automação que abordarei mais tarde, mas já criei uma tarefa de exemplo e a adição de tasks é simples permitindo edição com bullets ou listas numeradas.

As tarefas não permitem a atribuição a terceiros, já que o analista responsavel pela triagem irá direcionar o incidente a outro operador ou analista especialista que irá liderar a investigação.

Automatizando Tasks

No exemplo que utilizei veja que a primeira tarefa foi criada pela automação que inclui o nome do responsavel e cria uma tarefa basica apenas como exemplo.

Isso é feito no Sentinel em Automações (Automation) com todos os incidentes que são gerados no meu ambiente de demonstração:

O meu fluxo de automação inclui uma tarefa que foi a vista anteriormente na interface dos incidentes. Eu posso criar quantas tarefas precisar com o botão "Add action" que fica logo abaixo e assim deixar os incidentes sempre com a lista basica de ações para um incidente.

Pergunta tipica: Mas cada incidente tem tarefas padronizadas, por exemplo DLP validar o conteudo e o owner da informação conforme a politica ABC e assim por diante.

Resposta: No meu exemplo não utilizo filtros, mas você poderá utilizar a condição "Analytic rule name" para indicar quais tipos de incidentes o fluxo de automação se aplicará e assim incluir as tarefas expecificas de determinado incidente. No meu ambiente tenho uma automação padrão que é a acima e uma outra automação para regras analiticas especificas como indicadores de IOC onde insiro tasks quando aquele incidente acontece.

Conclusão

Com este recurso agora é possivel ter uma clara indicação de como tratar o incidente de forma organizada e validar visualmente os passos já efetuados e o que está pendente. 

Isso irá ajudar muito na resolução e acompanhamento dos incidentes, principalmente aqueles que demoram um tempo consideravel ou tem uma série de tarefas concomitantes ao longo da analise.

Utilizando o Defender EASM e o Defender TI

Já comentei em posts passados sobre o MDTI (Microsoft Defender for Threat Intelligence) quando integrado com o Sentinel para detectar com KQL indicadores de ataque ou comprometimento (https://www.marcelosincic.com.br/post/Utilizando-os-IoCs-do-Microsoft-Defender-Threat-Intelligence.aspx).

Desta vez vamos introduzir uma nova ferramenta que é o EASM (Defender External Attack Surface Management) onde ao indicar um “seed” que podem ser nomes de domínios, IPs de hosts ou DNS ele faz a procura por indicadores de possível ataque.

Ele é abrangente por não apenas olhar os Threat Indicators na base do MDTI, mas incluir na analise os certificados vencidos, CVEs que estão expostos, técnicas OWASP, postura de segurança nas configurações e aderência ao GDPR.

O melhor de tudo: O EASM É GRATUITO NOS PRIMEIROS 30 DIAS!

Habilitando e Configuração Inicial

O processo é muito simples, segue um passo a passo:

  1. Crie o recurso no Azure, onde informará subscrição, grupo de recursos e tags basicamente
  2. Entre nas configurações em “Discovery” e crie a raiz de procura (ou seed) com o “Discovery Group”
  3. Nas configurações da procura indique a periodicidade e o que quer procurar
    Aqui tem um ponto interessante, onde empresas e organizações conhecidas podem ser pré-carregadas na opção de “Import…” que são empresas já conhecidas por bases de internet comum
  4. Lembre-se de colocar exclusões caso possua servidores honeypot para não gerar alertas desnecessários

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Agora é só aguardar de 48 a 72 horas para que a descoberta gere os dados.

Analisando os dados gerados

No Overview já é possível detectar os diferentes itens que precisam ser observados na forma de listas em tabs. Nesta lista eu já detecto IPs suspeitos por ser utilizado em distribuição de malware na base do MDTI.

Olhando ali descobrimos um IP antigo que utilizei em um servidor que hoje é um indicador de ataque:

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Aqui já pode ser visto um resumo e o indicativo de que um dos IPs é suspeito:

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O próprio EASM já carrega as informações indicando qual tipo de ataque este IP está sujeito e está registrado no MDTI:

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Abrindo as tabs de obervação do host podemos ver o que este host hospeda, certificados, reputação e todos os detalhes:

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Também já tenho uma visão de todos os certificados usados no host para os diferentes domínios, o que me permite detectar certificados internos e externos que estejam vencidos ou próximos de vencer:

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Neste exemplo descobri mais tarde investigando que um dos dominios hospedados no mesmo servidor estava com vulnerabilidades e sendo usado para distribuição de um site de videos.

Alterei o host e removi o registro DNS que apontava para este host, que na verdade era apenas um registro de verify antigo e não estava mais ativo.

Conclusão

Com o uso do EASM podemos monitorar nossos recursos que estão expostos na internet e assim proteger a nós mesmos e aos nossos clientes!

Utilizando os IoCs do Microsoft Defender Threat Intelligence no Sentinel

A alguns anos que a Microsoft adquiriu a RiskIQ e lançou recentemente o Microsoft Defender for Threat Intel (MDTI).

O que é o MDTI?

Já tratei algumas vezes sobre IoCs, ou indicadores de comprometimento em inglês, e como eles podem ser integrados como o caso do VirusTotal (Marcelo Sincic | Enriquecendo o Sentinel com dados do Virus Total).

Nesse post vamos falar da solução do MDTI e como integrar a base dele ao Senitnel e utilizar para hunting e análise de incidentes e alertas em seu ambiente.

Primeiramente é importante saber que o serviço MDTI é pago por usuário em um modelo de licenciamento por contrato, mas a base de dados pode ser importada para o Sentinel por meio de um conector.

Conectando o Sentinel a base do MDTI

Para isso você precisará instalar a solução Microsoft Defender for Threat Intel no Sentinel a paritr do Content Hub e depois configurar o Data Connector como abaixo:

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Uma vez configurado será feita a ingestão diária os dados do MDTI para a base Threat Intelligence do Sentinel:

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Importante lembrar que os IoCs ingeridos do MDTI irão se somar aos IoCs customizados ou importados de outras bases que você tenha configurado.

Configurando as integrações de Log com TIs

Ao instalar a solução e fazer a configuração do conector de dados, o passo seguinte é configurar e instalar as regras de cruzamento de dados utilizando o Analytics do Sentinel.

São varias regras diferentes que você poderá utilizar que já estão prontas:

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Estas regras são compostas de consultas KQL que analisar um alerta e incidente para cruzar co ma base de IoCs importadas, resultando em um enriquecimento de dados ao validar que um determinado IP ou URL maliciosa foi acessada ou tentou acessar seu ambiente.

Claro que isso pode ser feito manualmente, bastaria rodar uma query KQL manual ou customizada no Sentinel em hunting queries para cruzar IPs e URLs com os diferentes logs do Sentinel existentes. Um exemplo disso foi um recente cliente onde discutimos o cruzamento do log do Umbrella DNS com o MDTI para detectar sites maliciosos acessados pelos usuários.

Visualizando os incidentes com os dados do MDTI

Agora vem a parte prática. Tudo configurado você terá alertas e incidentes novos em seu ambiente:

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Vamos abrir os detalhes do primeiro e ver o IP que indica um ataque potencial:

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Uma vez que no proprio incidente já sei que o IP é considerado suspeito, podemos investigar os detalhes importados na base para visualizar os detalhes:

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E por fim, vou utilizar a interface do MDTI para consultar os dados do IP, lembrando que neste caso preciso ter uma licença de MDTI para ver os detalhes:

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Vamos agora fazer o mesmo processo com o segundo incidente de exemplo que tenho na minha lista e abrir os detalhes no MDTI:

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Conclusão

O serviço Microsoft Defender for Threat Intel (MDTI) irá ajudá-lo a detectar diversas formas de ataques vindas de ofensores e grupos profissionais ou previamente identificados.

Alem disso, sua base é rica em detalhes do tipo de ataque, alvos e grupos que atuam com aquele IoC especifico que foi utilizado para tentar acesso ao seu ambiente.