Azure Virtual Datacenter (VDC) Parte I- Migração AS IS e TO BE

Quando trabalhamos em um projeto de migração para Public Cloud e o desenho é voltado a Azure, é muito comum os cenários de “AS IS”.

AS IS

Para os não iniciados com este termo, “AS IS” significa levar como está me ingles, ou seja copiar as VMs de um ambiente a outro sem qualquer alteração, utilizando o Azure como um virtualizador.

Em geral os modelos de migração AS IS não são eficientes, pois consomem muito recursos em IaaS (VMs) que custam caro, não aproveitando nada de serviços (SaaS ou PaaS) que são mais baratos. Porem, a vantagem é que é mais rápido e não exige mudanças.

TO BE (ou LIft and Shift)

Já as boas migrações são as “TO BE”, que em tradução livre seria “SERÁ” no sentido de transformação. O modelo de migração TO BE tem como premissa usar os serviços e não apenas migrar VMs.

Migrações TO BE são trabalhosas e mais demoradas, uma vez que esse mapeamento envolve entender o que está DENTRO DAS VMs.

O custo de execução é muito menor pois SaaS e PaaS tem vantagens financeiras grandes quando comparados ao modelo de IaaS.

Por exemplo, no AS IS um servidor IIS e outro de SQL serão simplesmente copiados os discos virtuais e iniciados. Já no modelo TO BE iremos isolar cada uma das aplicaçÕes que o IIS executa e criar Web Plan para isolamento e Web Services para cada site, e no caso do SQL Server usariamos o serviço de Banco de Dados (SaaS ou PaaS).

Utilizando o Service MAP

O primeiro passo para fazer uma migração é mapear o que cada VMs ou servidor fisico executa no ambiente.

Para isso utilizamos o Service MAP: http://www.marcelosincic.com.br/post/Azure-Log-Insigths-Service-Map.aspx

Com ele será possivel ver as interligações e serviços que cada servidor utiliza entre no ambiente e mapear qual serviço temos para substituir.

Entendendo o Conceito de Datacenter do Azure

Para desenhar um datacenter usando VMWare, Hyper-V ou KVM é necessário que o desenho dos hosts, rede e outros detalhes sejam feitos por especialistas no hypervisor.

O mesmo vale para Azure, precisamos entender os diferentes componentes para desenhar um datacenter com seus recursos.

Para isso, é necessário estudar, e muito.   Tambem é necessário quebrar os paradigmas de datacenter fisico e pensar em serviços.

Uma das formas de fazer isso é utilizar o Guide da própria Microsoft disponivel em https://docs.microsoft.com/en-us/azure/architecture/vdc/

Esse guia tem todas as perspectivas de um datacenter virtual, o ajudará a entender a camada de virtualização, rede, segurança, serviços e o lift and shift, ou seja a transformação para um modelo mais eficiente.

Para começar baixe a apresentação disponivel em https://aka.ms/VDC/Deck

Conclusão

Não é fácil fazer uma migração correta, mas é possivel e o resultado será muito melhor.

Ao longo do mês iremos explorar os itens que compõe o VDC e verá que é possivel fazer esse tipo de migração com recursos novos, mais eficientes e custos apropriados.

Microsoft ATA–Recuperação e Migração

Já falamos anteriormente sobre o Microsoft ATA (Advanced Threat Analytics) em http://www.marcelosincic.com.br/post/Microsoft-Advanced-Thread-Analytics-(ATA).aspx

Agora houve uma grande atualização com a versão 9 que tornou o ATA mais leve em demanda de recursos e visualização dos reports.

Porem, durante a migração é possivel que ocorram perdas de conexão ao MongoDB e ser necessário fazer o backup e restore.

O mesmo processo talvez seja necessário quando se troca de servidor ATA.

Importante: Os dados do Security Log do Windows é enviado ao Machine Learning para gerar os incidentes e alertas, mas ficam hospedados localmente. Portanto se perder o servidor não terá mais os reports e incidentes já registrados.

Realizando o Backup do ATA

Para fazer o backup da configuração do ATA é utilizado a cópia do arquivo SystemProfile_yyyymmddhhmm.json que fica na pasta de instalação do ATA em um subdiretório Backup junto com as ultimas 300 cópias dos dados.

Esse arquivo SystemProfile é a base de dados do MongoDB em formato JSON, eliminando a necessidade de fazer backup a partir do Atlas ou outra ferramenta especifica para administração do MongoDB. Isso é muito bom, pois não é comum conhecermos adminsitração do MongoDB.

Para funcionar deve-se ter a cópia do certificado usado para criptografia do arquivo JSON, que é gerado durante a instalação (Self-signed).

A cópia do certificado só precisa ser feita uma vez, abra o console do MMC com o snap-in Certificados e encontre o certificado de nome Central do ATA na área de certificados Pessoas em Local Machine.

Com estes passos temos o backup das configurações do servidor que são o JSON e o certificado. Mas e os dados do ATA?

Para fazer backup do ATA é necessário como já falado conhecer as ferramentas do MongoDB e talvez você deva pensar se precisará deles uma vez já resolvidos.

Se a sua necessidade é manter os alertas e incidentes, siga a documento em https://docs.mongodb.com/manual/core/backups/ de como fazer backups da base.

Realizando o Restore do ATA

A parte de restore do ATA em um novo servidor ou configuração de uma nova versão é um pouco mais complicado que o backup que é bem simples.

Primeiro é necessário importar o certificado exportado no passo anterior na mesma árvore da qual fez no passo anterior.

Em seguida é necessário reinstalar normalmente o novo servidor ATA com o mesmo nome e IP anterior e no momento que ele pedir o certificado desativar a opção Create Self-signed” para escolher o certificado original.

Em sequencia precisamos parar o serviço Centro ATA para podermos abrir o MongoDB e importar o arquivo JSON com os seguintes comandos:

  • mongo.exe ATA
  • db.SystemProfile.remove({})
  • mongoimport.exe --db ATA --collection SystemProfile --file "<Arquivo JSON> --upsert

Observação: Primeiro comando abre a instancia, o segundo remove as configurações vazias e o terceiro importa a nova configuração.

Não é necessário recriar os Gateways pois eles são mapeados automaticamente quando se restaura as configurações.

Caso você tenha feito backup da base de dados do MongoDB siga o procedimento de restore da base antes de reiniciar o serviço do ATA.

Referencia: https://docs.microsoft.com/pt-br/advanced-threat-analytics/disaster-recovery

EOL do Windows e SQL 2008–Opções de Extensão

Como já é conhecido, o ciclo de vida de produtos da Microsoft para 2019 incluem o Windows e SQL 2008 RTM e R2.

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Fonte: https://support.microsoft.com/pt-br/lifecycle/search 

Porque isso é importante?

Esse é um problema típico nas grandes empresas, controlar o ciclo de vida do suporte dos produtos que estão implementados.

Esse assunto não é de menos importancia, pois ter o suporte finalizado implica:

  • Novas ameaças de segurança, mesmo as que envolvem brechas de software, não são mais disponibilizadas para os sistemas expirados
  • Novos recursos em novos produtos não tem garantia de funcionamento nos produtos expirados

O primeiro item é importantissimo. Imagine que sua empresa está vulnerável a um ataque como muitos que vimos, pois apenas UM SERVIDOR em seu ambiente é expirado!!!

O que fazer se tenho produtos que expiram?

Obviamente que a melhor opção é migrar (“TO-BE”), mas sabemos que nem sempre é possivel. O que pode ajudar é usar produtos como o Service Map do Log Insights (http://www.marcelosincic.com.br/post/Azure-Log-Insigths-Service-Map.aspx).

Mas para quem não pode fazer o upgrade, uma das opções é comprar o suporte via Premier para mais 3 anos, que não é barato mas é possivel negociar através do seu time de contas Microsoft.

O custo para extender o suporte POR ANO é equivalente a 75% do software full na versão mais atual.

Porem, a Microsoft disponibilizou uma opção bem interessante que é migrar para Azure “AS-IS”!!!!

Isso mesmo, quem migrar para Azure o Windows 2008 e SQL Server 2008 não precisará se preocupar pois terão gratuitamente o suporte por 3 anos adicionais.

https://azure.microsoft.com/pt-br/blog/announcing-new-options-for-sql-server-2008-and-windows-server-2008-end-of-support/

Não precisamos nem discutir que é uma estratégia para aumentar o uso de Azure, mas muito boa financeiramente para qualquer workload que possua.

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